Quem não gosta de um pastelzinho frito na hora, não é mesmo? Afinal, essa iguaria tão popular, que pode levar os mais diferentes tipos de recheios, até mesmo doces, está inserido fortemente em nossa cultura, principalmente quando o assunto é “comida de rua”.
O pastel é rei nas feirinhas e um dos aperitivos mais pedidos em botecos e bares para acompanhar uma boa cerveja gelada. Mas você já se perguntou a origem desse petisco tão prático de ser preparado e delicioso de se comer?
Descendente de dois pratos típicos do continente asiático, o pastel é parente direto do rolinho primavera, da culinária chinesa, e do gyosza, japonês, dois pratos muito similares ao nosso pastel.
A história do pastel também pode ser contada a partir da Idade Média, quando era comum o preparo de massas recheadas levadas ao forno. No fim desse mesmo período, na Península Ibérica, atual Portugal, surgiu o pastel frito.
Para saber como o pastel atravessou o oceano, chegou até o nosso país e se tornou a sensação que é hoje, confira mais detalhes a seguir.
De onde vem o pastel?
A história do aperitivo mais querido do Brasil, como já explicado, se inicia na Ásia, onde o rolinho primavera e o gyosza são pratos típicos. Além de serem muito parecidos com o nosso pastel, possuem sabores e maneiras de fazê-los em comum. O rolinho primavera é efetivamente um rolo de 15 centímetros de comprimento, feito a partir de uma massa de farinha – originalmente de arroz, mas que hoje pode ser de trigo – estendida de forma muito fina e recheada com vegetais, carne ou camarão. Já o gyosza consiste em um fino invólucro de massa com recheio de carne moída ou de legumes, que pode ser cozido ou frito.
Como ele chegou ao Brasil?
Podemos considerar a década de 1940 como a mais precisa para o surgimento do pastel no Brasil, já que foi nesse período que se teve um grande número de imigrantes nipônicos chegando ao nosso país para escapar da Segunda Guerra Mundial, que acontecia nessa época.
Os primeiros imigrantes chegaram ao porto de Santos, em São Paulo, procurando se estabelecer. Para isso, passaram a comercializar uma versão adaptada dos rolinhos primavera e gyoszas, utilizando ingredientes disponíveis no Brasil, como a substituição do sakê por cachaça.
Foram os japoneses que difundiram e popularizaram o prato por aqui, mas há relatos de que muitos desses imigrantes abriram pastelarias para se passarem por chineses, como uma forma de se livrarem do preconceito que sofriam por aqui na época da guerra. É por isso que algumas pessoas acreditam que foram os chineses os responsáveis pela criação do pastel no Brasil.
Origens controversas do pastel
Há também relatos que levam a crer que o pastel frito, como conhecemos por aqui, é originário da Europa, onde massas recheadas eram assadas e recebiam o nome de “pastel”. Acredita-se, também, que a origem exata foi em Portugal, em 1680, onde se preparou o primeiro pastel de fato, uma receita de camarão envolto em massa fina e crocante, frito em óleo.
A popularização no Brasil
A receita do pastel após a sua inserção no Brasil se espalhou rapidamente além dos limites do estado de São Paulo, sendo que, ainda na década de 1940, esse era um dos alimentos mais consumidos em todo o estado. Vendido tanto em feiras livres quanto nas tradicionais pastelarias, tornou-se um prato acessível tanto em relação à comercialização quanto ao preparo.
Foi a partir da década de 1950 que os pastéis chegaram ao Rio de Janeiro e em Belo Horizonte. Na década de 1960, já havia se espalhado por todo o Brasil.
Hoje, é possível encontrar os mais diversos sabores de pastéis em nossa culinária, tanto doces como salgados, com recheios mais simples, como carne moída, queijo e frango, até recheios mais requintados, como camarão, queijos finos e peixes.
Apesar das variedades, a proposta continua a mesma, uma massa fina preparada com cachaça, frita e, claro, muito deliciosa.
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